Acordei rodeado por medos, acordei e abandonei-me a mim próprio na frieza magoada do teu toque.
Não quero aprender a amar-te no sabor amargo da tua ausência.
Não quero nada parecer egoísta, mas de tudo o que mais me poderia aterrorizar neste mundo, ver-te sorrir na minha falta, seria aterrorizante.
Quero falar-te, quero dizer-te algo que te faça ficar, porque afinal, não há nada que me faça mais feliz que ver-te permanecer, mesmo quando todas as razões do mundo para não o fazeres tentaram falar mais alto.
Por favor.
Não vás. Não vás, porque se existe algo neste mundo que me faça respirar com tanta força e com tanta vontade, és tu.
Enfrento a melancolia atroz que me domina o corpo, impaciente. Alma sedenta de prosa, inofensivos demónios que me habitam. Habito-me. Demónios que me gritam. Grito-me. Ilusão que me veste o corpo, estrondos violentos que me evocam. Respiro-te, enquanto testemunho as minhas horas sombrias.
terça-feira, 4 de março de 2014
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