"Alguém vai magoar-me, não há nada que eu possa fazer". As minhas mãos cheiram à tua ausência, grito interiormente alto, talvez por desespero, pela decadência que me habita a alma. Palavras já nada relatam, apenas a melodia que se faz ouvir no vazio, acompanhada pelos nossos suspiros anelantes: talvez dor, talvez paixão, talvez um misto de ambos. Memória que em tudo te desenha com perfeição, até ao mais ínfimo pormenor: o toque, lento e melancólico, que me chora ao coração; a voz, doce, que me transborda a alma; o meu coração, a tua casa.
Eternidade, a nós, ao amor que nos bebe.
Enfrento a melancolia atroz que me domina o corpo, impaciente. Alma sedenta de prosa, inofensivos demónios que me habitam. Habito-me. Demónios que me gritam. Grito-me. Ilusão que me veste o corpo, estrondos violentos que me evocam. Respiro-te, enquanto testemunho as minhas horas sombrias.
quinta-feira, 30 de maio de 2013
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