terça-feira, 22 de outubro de 2013

Liberdade mental

Traz-me paz, traz-me paz à alma e apazigua-me a saudade. Traz-me amor, transforma a saudade que me alimenta em, apenas, amor.
Vem, vem e permanece, permanece de vez porque tudo o que o respirar me ensinou foi, inconsequentemente, a fugir.
Vem, como felicidade, como porto de abrigo: vem como onde quero estar.
Imploro-te que fiques, porque afinal, és-me liberdade mental.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Mil anos

Ele voltou a sonhar com ela, porque afinal nunca a esqueceu. Ele voltou a recordar as mesmas memórias, as melodias que os bebiam:

"A praia torna-se nostálgica na tua ausência: o vento soa a ti, o mar grita-me o teu nome. Queria-te ali comigo, a enfrentar a eternidade.
Guardei algures o que mais temia, "algures" esse repleto de ti e de todos os ínfimos pormenores que segredámos. Medo, medo que encontrasses em mim algo que não pretendesses manter contigo.
Prometeste-me os próximos mil anos, que acredito que ainda nos pertencerão."

Tudo o que ele queria era que ela lesse tudo o que ele já lhe escrevera e que se identificasse em cada insignificante palavra e que cada uma soasse, perfeitamente, a amor.

sábado, 8 de junho de 2013

Doce anjo

Tudo em ti soa a poesia, tudo em ti é tudo. Relembras-me o cântico harmonioso dos pássaros, o chegar da Primavera e da paz colorida que a caracteriza. Relembras-me os sábios escritores, a complexidade mental que os devora. Tudo em ti canta a brisa cortante do vento, tudo em ti pronuncia amor. Tudo em ti me implora o toque, me respira nostalgia. Choves-me.

Doce anjo, tudo em ti me morre, tudo em ti me vive.

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Amor, amor que nos bebe

"Alguém vai magoar-me, não há nada que eu possa fazer". As minhas mãos cheiram à tua ausência, grito interiormente alto, talvez por desespero, pela decadência que me habita a alma. Palavras já nada relatam, apenas a melodia que se faz ouvir no vazio, acompanhada pelos nossos suspiros anelantes: talvez dor, talvez paixão, talvez um misto de ambos. Memória que em tudo te desenha com perfeição, até ao mais ínfimo pormenor: o toque, lento e melancólico, que me chora ao coração; a voz, doce, que me transborda a alma; o meu coração, a tua casa.
Eternidade, a nós, ao amor que nos bebe.

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